quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu eu

“Saímos agora das experiências da primeira infância. A criança penetra em um mundo menos centrado ao redor de seu ego. Suas relações vão além de si mesma e do que a cerca. Ela se localiza em um lar, como parte de uma família. Sua identidade se constrói em torno destas constatações.”

Comporto este significado mais íntimo e recatado de lar e família. E respondo à vida de uma forma realmente bem caseira e tímida.
Sentimental, pacífica, acolhedora, as palavras que me definem evocam a todo instante a figura materna.
Represento tudo aquilo que abriga e protege o que é frágil, permitindo que o crescimento continue. A família possui uma importância extraordinária. Goste ou não goste dela, eu não conseguiria me desligar facilmente de casa. Minha linha de pensamento é bem tradicional e faço o que estiver ao alcance para manter a harmonia no lar.

A ligação com as águas simboliza minha relação mais intensa com o inconsciente e as emoções. Os meus sentimentos estão sempre à flor da pele. Este é inclusive um dos motivos pelos quais costumo fechar-me em minha carapaça, quando sinto-me ameaçada. Via de regra, adoto uma postura defensiva antes mesmo de qualquer sinal de perigo e sou tão facilmente afetada por influências externas que costumo possuir um humor muito inconstante, que oscila tanto entre a ranzinzice e a solicitude, o carinho e o rancor. Quando não controlo este comportamento, torno-me insuportável. Ainda mais porque tendo a dramatizar algumas situações visando manipular as pessoas que me cercam.

Os valores do passado freqüentemente possuem um apelo irresistível para mim. Gosto muito de ficar relembrando momentos importantes de minha vida. Isto me dá uma sensação de aconchego; o passado, e em especial as emoções passadas, é o que me nutre.

Sou regida pela Lua, minha imaginação é fértil, e a criatividade é uma marca característica, e procuro canalizar, se assim quiser, estas qualidades em todos os aspectos de minha vida. Ainda que não ouse muito no mundo exterior, e prefira ambientes mais pacatos, sei torná-los locais muito aconchegantes a todos que comigo convivem.

O senso de proteção extravasa o âmbito do meu próprio eu. Vou empenhar-me em proteger também meus parentes e amigos mais íntimos. E tanta proteção esconde uma natureza possessiva, que pode ser cruel até. Meu ciúme pode me levar a cometer injustiças ou fazer coisas das quais depois me arrependerei. Contudo, quando me dou conta do mal que causei com minha possessividade, adotarei uma postura mais amena. No geral, me dedico aos seres amados com afinco e persistência.

Bertha S.

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