segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pra mim, nada banal!

Porque as vezes nos sentimos tentados à dirigir em alta velocidade? Você nem está atrasado, ou coisa assim, mas sente a maior vontade de sair "costurando" os carros a 130km/h.
Meus amores parecem que só valem à pena se forem muito sofridos, se forem constrangedores, se forem emocionáveis! Bem ou mal, mas não normal!
Parece até que estou vivendo um conto de fadas (bem macabro, como eu gosto), aquele que a princesa é humilhada, sofre danos físicos, perde entes queridos, é a vitima da conspiração alheia e sempre está quase para morrer.
As pessoas normais, não sei, mas talvez gostem dessa carnificina emocional toda. Parece que vem pra dar um saborzinho, um gostinho amargo. Seres humanos adoram dramatizar as coisas pelo visto, me enquadro nesse tipo.
Sossego... o que é isso? Paz... vende onde?
Minha forte inclinação à catástrofes amorosas me define, tem que sair devastado, chegar as ultimas consequências, tem que ser passional, o dia que eu não sou assim, é porque não me toca.
Vieram me dizer que eu não presto... Tentaram me convencer que a culpa é sempre minha, é eu até concordo... Mas é que eu não sou de dispensar oportunidades, é que eu fui muito acostumada a ganhar, sempre.
Romances começam e terminam com a mesma intensidade, da mesma forma que começa, acaba, como estranhos que fomos, assim retornamos.

Bertha S.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Minha partida rumo ao outro lado do mundo


Descobrir que o mundo é realmente muito grande e que você devia tentar conhecer o máximo que puder, porque ele muda a cada instante e existem pessoas maravilhosas nele.

Que sua família continuará sendo sua família não importa onde você esteja, e que a preocupação de pai nao diminui com a distância, independente de qual for.

Que amigos nunca são demais, e que pouco importa de onde ele veio, qual sua cultura ou etnia, sempre serão bem vindos, e que você tem que estar aberto para absorver tudo que eles possam te acrescentar.

Que saudades dói até você aprender a viver com ela, te amadurece.

Que nem sempre ter planos é bom... Evita frustrações e é bom viver um pouco sem ter que pensar no amanhã, porque ele inevitavelmente virá, então espere e confira.

Que você pode viajar sozinho, mas ficar sozinho na viagem é uma opção...

Aprender que tudo na vida muda, inclusive você!!


Bertha S.

domingo, 28 de novembro de 2010

De Caio F. A. - Para uma avenca partindo

(...)Deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço....

domingo, 21 de novembro de 2010

Você não me lê

Não é que eu não goste de você, eu gosto! Gosto até de mais, mas não confio em você, e não é que você tenha me dado motivos para deixar de confiar, é que eu nunca confiei mesmo.
Não quero que te ofendas, não é minha intenção, sei que chega a ser desconfortável, bem, seria se eu estivesse no seu lugar e você me dissesse estas coisas, mas é involuntário, realmente parece não depender de mim.
O querer conturbado vem cheio dessas coisas, e parece que quanto mais eu quero, mais eu desconfio, de tudo.
Minha insegurança vai extrapolando os níveis da normalidade, da moralidade, é sim... chega a ser imoral!
É amar o jeito que me olhas, me beijas, e me derreter ouvindo tudo o que me falas, quando me falas de nós, de um possível amor, de possíveis filhos e imaginar tudo aquilo como fazendo parte de um conto que você lê e eu sou a personagem principal.
Mudar essa realidade, bem...não depende de mim, desejar andar com passos mais lerdos, sim é o meu desejo, como se diante de nós estivesse a eternidade.
Não tenho com o que pagar para ver.
Você e eu, podíamos ser mais tranquilos, mais amenos, menos intensos.

Bertha S.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bem, me olhe e com uma das suas mãos segure meu pescoço.
Bem, me beije... e com a sua outra mão, segure na minha cintura quando o fizer!


Bertha S.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A ex mulher

Ela veio me contar que sentia falta do ex marido, que nunca concordou com a separação, o que já estava bem obvio antes mesmo de falar.
Eu disse: Mana, pra cada mulher linda de morrer, tem um cara cansado de comer.
Ela abriu os olhos espantada, arregalada veio confessar que ele antes de partir, não beijava, não falava, não amava.
Tua vida, tentas seguir em paz, não te deixa levar pelas malditas reações químicas de saudade que estão acontecendo no teu cérebro. Te conforma com a ida, não te conforma com a solidão, te agarra nas verdades, ignora as desilusões. Teu passado já fugiu amor.
Que ríspida, maldita tu estais sendo comigo!
Eu juro que não te arraso mais que ele... eu juro! Mas escutas as minhas verdades porque elas fazem parte do fato, amor. Eu só imagino o teu bem, eu só desejo isso.
E dela primeiro veio a dor, muito dolorida, aquela terrível sensação de perda, o choro abafado, a languidez, a vida que parece não ter rumo, nem sentido. Olha-se as fotos, passa-se o dias, perde-se a rotina, imagina-se novas lembranças de coisas que nem se viveu, ela só quer voltar, ela só quer voltar...
Depois veio a raiva, inconformada ela ficou, mal humorada, do nome dele ela tripudiava, não aceitava, xingava, se negava. Rasgou as fotos, queimou as roupas que ele havia esquecido por lá. Se perguntada, com deboche ela falava: Não me recordo deste nome! Forja-se a indiferença.
No final, já mais calma conseguia aceitar, até um leve sorriso ela esboçava de alguma boa lembrança. Ela estava amável, afável. Agora era disposta e já atraia olhares, passou a se pintar, voltou a frequentar os mesmos lugares que frequentava antes de casar, se deu conta que o que importa fica, sorriu mais livre, foi se deitar na cama de ex maridos e ex namorados de outras. E em uma dessas camas ela encontrou o amor de novo, e foi viver aquilo tudo que talvez já conhecera, talvez, porque nada é igual! Se permitiu, ela evoluiu, porque entende agora que não precisa estar indulgente, que sua felicidade é a SUA felicidade, e pronto, e ponto!


Bertha S.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sim, de volta pros teus braços abertos.

Um sinal de alerta: Perdi a parte boa! Então me dei conta e comecei a observar... A bolha estourou, comecei a procurar por desculpas.

Venha pra dentro, tenho que te contar em que estado estou, tenho que te contar em meus tons mais altos, que comecei a procurar por um sinal de alerta.

Quando a verdade é: Eu sinto sua falta!
Sim, a verdade é, que sinto muito sua falta, estou cansada, não devia ter deixado você ir.

domingo, 24 de outubro de 2010

A sinergia dos relacionamentos

O mal costume de usar as informações do horóscopo como oráculo e o fato de que comigo a inspiração só flui se eu estiver demasiadamente feliz ou triste, anda as voltas me incomodando.
Durante uma conversa no almoço de sexta com uma amiga, eis que ela cita a verdade que ocorre entre uma grande parte das mulheres, estamos livres, somos completamente independentes em todos os aspectos, de boa aparência e comportamento e outras coisas mais que não precisam se citadas... Tudo o que queremos é um parceiro fixo pra fazer sexo e oferecer um pouco de companhia, levar pra sair, viajar, etc... até a conta do motel a gente racha. Porque está tão difícil os homens se interessarem por mulheres bem resolvidas??
Não engatamos mais nem um relacionamento sério depois do primeiro namorado da adolescência e inicio da fase adulta, e isso já faz 4, 5 anos. Tudo bem que a culpa da falta de tempo e de paciência, até certo ponto influencia e por vezes achamos que não estamos disposta o suficiente, mas vá lá... e quando estamos, quando nos dedicamos a alguém, encontramos tempo e vontade para quase tudo, só que ainda falta uma coisa demasiadamente importante: O sentimento, se o seu, e do parceiro não coincidirem no momento certo, ai já era.
Quando as coisas deixam de ser acertivas, elas começam a dar um relativo trabalho, deixam de ser simples. Namorar há 4, 5 anos atrás era fácil, o casal se conhecia, começava a sair e se beijar, e se apaixonava e namorava. Agora é um volume tão grande de informações e possibilidades para ambos os sexos, que você pode até conhecer alguém, sair algumas vezes com esse alguém, ficar e blá blá blá, mas se condicionam a não passar disso, seja por medo ( que diga-se de passagem é o pior dos motivos), seja por incompatibilidade financeira ou mental, ou intelectual, ou sexual.. enfim são muitos mais detalhes pra se conciliar antes de dar um passo mais sério.
E cá estamos, mulheres cheias de amor pra dar, a espera do seu companheiro compatível.

Bertha S.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bem dito

Que seja bendito o nome daquele que me dá motivos pra sorrir, que enxerga a vida da forma mais simples de ser vivida, que não se corrompe pela ganância, que não faz jus ao que é fútil.
Eu que esperei tanto e pacientemente não podia ser melhor recompensada. Chegastes pra me despir do que é inútil nessa minha vida bagunçada, chegastes pra me ensinar a cuidar de gatos, pra me fazer andar 5, 6 quarteirões e tomar água de coco no meio da tarde. Chegastes pra tocar e cantar pra mim, pra me fazer entender que não precisamos de muito pra viver bem, que só precisamos de respeito, de amor, de perdão.
Cada vez mais estou grata, por me quereres mesmo assim, com todos esse meus defeitos, por também bem dizer o meu nome e depositar tua confiança em mim. Eu com você sou plena, pois desde que você chegou, eu não quis mais ninguém, eu não estive com mais ninguém, desde que você me beijou eu só quis o seu beijo, desde que você tomou a minha mão para junto andar com a sua, de lá eu não me retiro. Meu namorado, minha morada é você.

Bertha S.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

¿Seré yo o serás tú?

Te fui llamando, llamando...

Lo que antes me afectaba ya no me dice tanto, ¿seré yo o serás tú? Todo está tan diferente... y eres tu, todo parece opuesto bajo otra luz.

No supe cómo es que llegué a este momento, más donde escucho el tono de tu voz y voy corriendo, será que estoy enamorándome sin querer? El color de mi vida cambió desde que tú llegaste.

Nene, puedo saltar al vacío y sin temor a enamorarme, Bajo otra luz me encuentro.


Bertha S.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Luxúria medíocre

Interrupção do ciclo, voltastes a fazer aquilo que eu menos gosto com a maior lascividade possível! Porque me tomas? Não sabes lhe dar com a saudade, com as vontades?
Me diminuí quando me procuras! Muda teu rumo, teu alvo...
Aprende que mudanças são inevitáveis, conseqüências e existe um fluxo invisível que não nos permite seguir sempre o mesmo caminho, nada permanece intacto.
Nem as nossas convicções, as nossas idéias, por mais que queiramos que permaneçam. Por mais que o passado pareça reconfortar, a vida não se resume somente a isso.
Entende que algumas das ações que julgas benignas são na verdade malignas à mente de outro, ao corpo de outro...
Reflete que a distancia nossa é a melhor solução, pois existem mil coisas que preciso consertar, mil coisas que destruistes, que destruímos.
Promete que não virás à minha porta cuspindo saudade numa noite pacata no meio da semana, depois de uns goles de qualquer bebida barata, cansado pelo trabalho e cheio de desejo.
Some pro outro lado do atlântico o quanto antes, porque nada que possas me dar vai me satisfazer, é medíocre essa entrega.

Bertha S.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

E se você soubesse, pudesse imaginar que a falta que fazes é só mais um motivo de querer estar mais longe de ti, mas te confesso que se te visse, ainda nos dias atuais, me enroscaria em ti num balé bem esquisito, te olhando nos olhos com todo aquele desejo que era de costume nosso.


Bertha S.

domingo, 12 de setembro de 2010

"... passar agosto esperando setembro, se bem me lembro"

Estou ansiosa, me perco nesse pensamento longo e duradouro de ti, de nós, quero gastar as nossas horas, juntos!
Talvez minha vida desorganizada tome um rumo, e eu coma melhor, durma melhor... Comece a frequentar a academia e compre lingeries de renda, deixe de dormir com a roupa que estava usando antes de ir pra cama... Use camisolas delicadas e sensuais e faça as coisas por mim mesma com mais cuidado, dirija com mais atenção e não tão rápido.
Os fins de semana seriam o que você permitisse que fossem, sábados debaixo do edredom, com tardes gastronômicas, noites de passeios e domingos ensolarados em praias desertas, final de noite comendo brigadeiro na panela e assistindo um filme no aconchego da nossa sala... Que me dizes...? Ficaríamos gordos, e eu saciada? Duvido muito, nossos metabolismos são acelerados e a sede de ti é grande.
Vem corazón... falar de amor em todos os idiomas que sabes falar, não me acostumo mais em apenas sonhar com a tua voz perto de mim. Invade também a minha casa, e não só meus pensamentos.

Bertha S.

sábado, 11 de setembro de 2010

"...sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu Deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando". (Caio Fernando de Abreu)

domingo, 5 de setembro de 2010

Se não arde, não serve.

De bem difícil contentamento com pouco, com menos, com o segundo.
A minha diferença de você é que pra mim não basta estar feliz, tenho que estar eufórica, e jamais senti tesão por uma vidinha tranquila, eu prezo sim a minha discrição, mas gosto de explodir pelas coisas! De amor, de ódio, de desejo...
E não sei o que seria de mim sem minhas minipaixões e todas suas grandes histórias, suas grandes emoções.
Realmente eu não sou normal, eu não sou tranquila, minha hiperatividade transcende a linha do teu raciocínio, da tua compreensão.
Vais me odiar pela minha luxúria? Vais perder teu tempo!
Não admiras meu egoísmo e nem minhas escolhas profissionais? Eu nunca te dei ouvidos!
A tua insistência em mim tem um nome, capricho! Não amor, não é paixão, é capricho seu. É você tentar provar pra si e para mim que podes me dominar, me fazer reclinar, mas depois de todos esses anos ainda não percebestes que não consegues?! Que foge te ti esse poder?!
Me deixe em paz, para eu ferver com quem tem fogo.

Bertha S.

domingo, 29 de agosto de 2010

Um viajante

Estes estão sendo meus últimos dias fora de casa, eles estão vindo me fazer refletir sobre esses 23 meses viajando ao redor do mundo... No barco que tomei em Manaus estou cursando meu 1° dia de viagem rumo a cidade de Belém, daqui a três dias me encontro novamente na tua companhia e na companhia de minha familia, estou ansioso!
Não dimensionarás a quantidade de histórias que tenho para ti, se pudesse te fazer enxergar com meus olhos as belezas que vi todos esse meses fora e experimentar as sensações... Ainda consigo sentir aquele frio na barriga de 23 meses atrás quando aterrissei naquele continente estranho, lindo, onde tudo era diferente, os cheiros, os sabores, as pessoas o idioma. Viajar sozinho foi uma opção, mas eu nunca estive só, conheci pessoas maravilhosas, fiz amigos que jamais sei se voltarei a encontra-los novamente, mas com certeza estarão guardados em meu coração e memória. Pensei em ti, nos nossos desencontros, lembrei do teu jeito eloquente de falar, do sorriso delicioso de ver, e melhor ainda de saber que era eu o motivo dele, me forcei lembrar do teu cheiro, mas não consegui, cheguei ir a uma loja de perfumes, pedi a vendedora que me desse uma amostra de "the beat", aquele perfume que usavas, mas mesmo assim ele não tinha a identidade do teu cheiro, aquele cheiro que ficava nos lençóis da cama onde dormias, que exalava dos teus cabelos lavados, do teu hálito quando me beijava, estou indo de volta para isso meu bem!
Eu sei que não podemos ditar o futuro, mas podemos guiar o leme de nossa existência, agora vou carrega-la junto à mim para o resto da minha vida, é o que pretendo.
Estou levando alguns presentes para ti, entres eles há um bastante especial, espero que gostes, que aceites...
Não vejo a hora de te olhar em minha frente e finalmente sentir teu cheiro novamente. Abra para mim aquele sorriso gostoso de ver, e me espere que estou chegando.


Bertha S.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Crônica do Amor de Arnaldo Jabor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor


Bertha S.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Caso perdido

Algumas pessoas não dimensionam o mal que fazem a outras com pequenos gestos, atitudes...
O intrigante é tentar imaginar quais os motivos, quais as intenções pra tais ações?
Existem pessoas que estão na sua vida, se dizem amigos, mas se fecham... e você não tem a possibilidade de se aproximar o suficiente para sentir as coisas, saber.
Hoje me preocupou e entristeceu saber que uma "amiga" faz questão de se afastar de mim, por miudezas, por suas próprias conclusões, como se eu não fosse digna de compartilhar de momentos com ela... As pessoas erram, mas nem sempre se dão conta, se os ruídos de uma tristeza não chegam aos meus ouvidos eu devo pensar que está tudo bem. Fico com um nó na garganta, por que no fundo sei de interferências externas entre nós, mas porque sempre quis ajudar, sempre quis cuidar pra que tudo desse certo, saísse certo. Pagamos por nossas próprias vontades, denomino hoje que isto, essa amizade é um caso perdido, já não é mais saudável insistir neste assunto. Só quero paz pra mim e para os que me tomam.

Bertha S.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Auto-conhecimento


A gente sempre destrói aquilo que mais ama, eu me aperfeiçoei nessa deprimente prática ao longo dos anos. E percebi que a simples possibilidade de conseguir o que se deseja faz com que a nossa alma se encha de culpa, desejamos o que não possuímos, e se não possuímos talvez seja por não sermos dignos ainda. Acredito também que tudo acontece em nossas vidas com um propósito, nada tem um despropósito, até o simples fato de esperar em um fila, tem um motivo... nos ensinar a ser pacientes. Uma mágoa, a descoberta de uma mentira, nos ensina que dói.

Por isso...

Eis a palavra-chave: auto-conhecimento: à medida que nos conhecemos verdadeira e profundamente nós nos tornamos mais e mais indulgentes, pacientes e compreensivos para com o próximo, exatamente aqueles que julgávamos (erroneamente) responsáveis pela nossa infelicidade. Amanhã desejo me elevar mais, desejo tolerar mais, desejo amar, por mais que isso não seja a garantia de um seguro emocional, porém é mais racional cobrar o que se dá!

Bertha S.

Teu cheiro hoje

13/08/2010 "Hoje foi inevitável pensar em ti, estava separando umas roupas sujas pra lavar ainda pouco, e achei o vestido que estava usando no dia que estivemos juntos pela última vez, ele ainda estava com o cheiro do seu perfume, tão impregnado como a lembrança sua! Você tem todos os seus dias sem mim, eu vez ou outra tenho você, preso de forma nostálgica na minha memória."

Bertha S.

Ele vs Ela

Tua ligação me desestabiliza, tua voz assumindo saudade me comove, cortando minhas falas, me interrompendo pra fazer declarações lascivas da falta que faço pra ti...
Eu só liguei pra te pedir desculpa! Tremia falando, quase me entregando de vontade do outro lado da linha.

Bertha S.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu eu

“Saímos agora das experiências da primeira infância. A criança penetra em um mundo menos centrado ao redor de seu ego. Suas relações vão além de si mesma e do que a cerca. Ela se localiza em um lar, como parte de uma família. Sua identidade se constrói em torno destas constatações.”

Comporto este significado mais íntimo e recatado de lar e família. E respondo à vida de uma forma realmente bem caseira e tímida.
Sentimental, pacífica, acolhedora, as palavras que me definem evocam a todo instante a figura materna.
Represento tudo aquilo que abriga e protege o que é frágil, permitindo que o crescimento continue. A família possui uma importância extraordinária. Goste ou não goste dela, eu não conseguiria me desligar facilmente de casa. Minha linha de pensamento é bem tradicional e faço o que estiver ao alcance para manter a harmonia no lar.

A ligação com as águas simboliza minha relação mais intensa com o inconsciente e as emoções. Os meus sentimentos estão sempre à flor da pele. Este é inclusive um dos motivos pelos quais costumo fechar-me em minha carapaça, quando sinto-me ameaçada. Via de regra, adoto uma postura defensiva antes mesmo de qualquer sinal de perigo e sou tão facilmente afetada por influências externas que costumo possuir um humor muito inconstante, que oscila tanto entre a ranzinzice e a solicitude, o carinho e o rancor. Quando não controlo este comportamento, torno-me insuportável. Ainda mais porque tendo a dramatizar algumas situações visando manipular as pessoas que me cercam.

Os valores do passado freqüentemente possuem um apelo irresistível para mim. Gosto muito de ficar relembrando momentos importantes de minha vida. Isto me dá uma sensação de aconchego; o passado, e em especial as emoções passadas, é o que me nutre.

Sou regida pela Lua, minha imaginação é fértil, e a criatividade é uma marca característica, e procuro canalizar, se assim quiser, estas qualidades em todos os aspectos de minha vida. Ainda que não ouse muito no mundo exterior, e prefira ambientes mais pacatos, sei torná-los locais muito aconchegantes a todos que comigo convivem.

O senso de proteção extravasa o âmbito do meu próprio eu. Vou empenhar-me em proteger também meus parentes e amigos mais íntimos. E tanta proteção esconde uma natureza possessiva, que pode ser cruel até. Meu ciúme pode me levar a cometer injustiças ou fazer coisas das quais depois me arrependerei. Contudo, quando me dou conta do mal que causei com minha possessividade, adotarei uma postura mais amena. No geral, me dedico aos seres amados com afinco e persistência.

Bertha S.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Penso, logo desejo!

Penso que tudo poderia ser diferente...
Penso que poderíamos ser amantes amáveis,
Penso que poderias me desejar de verdade e eu me entregar de verdade.
Eu tatuei a nossa lembrança no meu braço, porque fez sentido de mais estar contigo, eu pensei em filhos, quando você me imaginava grávida.
Eu nunca avisei, mas sempre quis mais você. Se brigava-mos, apelidos, expressões particulares, tudo perdia o sentindo, se estava-mos, criava-mos mais apelidos, mais expressões, mais cumplicidade.
Eu sei que não vais me perdoar, não enquanto me quiseres, não enquanto eu habitar tua cabeça. Mas eu desejo tanto te ver entrando pela porta da minha casa pra me visitar, desejo tanto as mordidinhas nos meus ombros, na minha costa, volta pra mim!

Bertha S.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ama o desejo, não o desejado!

Como dizia meu filosofo favorito "Amamos o desejo e não o desejado" Nietzsche.

Parece uma resposta muito rude pra sua pergunta! Mas porque eu gosto de você?!.. é exatamente por isso!
Vamos dissecar mais profundamente nossas motivações, sabe o que acharemos? Que jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor próprio. Ficou surpreso com esse comentário? Talvez estejas pensando naqueles que ama, mas cave mais profundamente e descobrirá que não ama a eles propriamente dito: Ama sim as sensações agradáveis que tal amor produz em você! Amamos o desejo e não o desejado.
Então sua pergunta deveria ser: Quais são as suas motivações?
Por isso algumas vezes nos comportamos com certo "amor" para com os outros que nos interessam, cuidamos, respeitamos, satisfazemos... para quer? Para recebermos o mesmo, é essa a motivação, a expectativa de troca!
Agora o lado menos pessimista da coisa, felicidade alheia é boa sim! Quando fazemos parte da construção dela e obvio receberemos o retorno por isso, o que confirma a prerrogativa de Nietzsche. Quase sempre desistimos de um amor doloroso, pois ele não nos causa sensações boas, em pouco tempo ele não será mais desejado.
Vc me enche de sensações boas, logo então eu fico ávida por tentar te causar o mesmo para continuar o ciclo, teus risos geram meus risos, a tua felicidade até certo ponto é a minha felicidade.

Bertha S.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Caminho dos sonhos

Pegar a estrada dirigindo por mais de 100km até chegar ao trabalho e mergulhar nos pensamentos que vão se perdendo junto com a vista ao longo do asfalto infindável...
Essa é a rotina de duas vezes na semana. Um bom momento para ficar só, apenas pensando, cantarolando as músicas que vão tocando no som do carro, identificando-se com as mensagens subliminares contida nas letras... chegaria a ser tedioso, se os pensamentos não fossem tão intensos, se as lembranças e anseios não fossem tão reais e o riso não fosse tão verdade!
Mas é sim, é tudo uma delícia, e viajar para trabalhar se torna o momento mais gostoso do dia, a ida, a vinda, únicas! Estou só, e aqui criam-se os mais variados modos de se desejar, de se planejar, estou só, e tudo ali dentro é meu!
Casa, escola, trabalho, filhos, amor, meu amor... Tudo que eu quiser, onde e quando eu quiser! É o bastante, gastar pneus para estar perto dos meus desejos, seguir cantando e desejando nós dois, juntos.
E no final, corro de mais!
Porque,
Preciso te aproveitar mais, olhar teus olhos, beijar tua boca.

Bertha S.

domingo, 16 de maio de 2010

Ilegais

Desse jeito vão saber de nós dois, dessa nossa vida e será uma maldade veloz, malignas línguas!
Nossos corpos não conseguem ter paz, em uma distância nossos olhos são dengosos demais.... que não se consolam, clamam fugazes, olhos que se entregam, ilegais...

Eu só sei que eu quero você pertinho de mim, eu quero você dentro de mim
Eu quero você em cima de mim.
Eu quero você!

Ilegais-Vanessa da Mata


Bertha S.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Toda a nossa cumplicidade


Você faz idéia do que isto significa?

Cúmplice:
adj. 2 gén. s. 2 gén.
1. Que ou pessoa que tomou parte moral ou material em crime ou delito de outrem.
2. Por ext. Conivente


Em um contexto amoroso, de relacionamento por exemplo, podemos extrair da definição do dicionário a seguinte parte: Ser cúmplice de alguém é estar em parceria, sintonia e total harmonia e mais, é partilhar de todo aquele jogo secreto, íntimo que só vocês sabem, conhecem...
Cumplicidade está ligada a inteligência emocional, pode ser entendida, ou captada pelo parceiro de diferentes formas, através de cheiros, sinais, gestos, etc.
Criam-se códigos para quase tudo, senta-se no colo do parceiro para conversar bem pertinho, olhando nos olhos, fica-se de riso frouxo pela piadinhas que ele/ela conta, namora-se no escurinho de algum canto, roubam-se beijos e sempre surpreende-se com um cheiro no pescoço, por mais que aquilo ocorra com muita frequência.
Sabe aquele olhar que vc lança pro seu namorado(a) qd vcs estão em meio uma monte de gente e não podem falar o que realmente querem um pro outro, ai se olham de uma maneira que só vcs entendem.. sabe?? Pois é, isso se chama cumplicidade, vc consegue enxergar, ouvir e entender qualquer coisa do outro só com o olhar q ele te lança! É fantástico... E sentir seu corpo estremecer quando você ver a pessoa que você gosta entrado pela porta da sua casa e antes de qualquer palavra ela segura sua cintura e beija bem suavemente a sua boca, depois diz:"oi meu bem", vc sabe o qto é bom sentir issu?? Pois é, isso se chama afinidade, e é mágico!

Bertha S.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Não, não dê mais tantas voltas, não.



Se chicoteia assim por qualquer perdão, todo esse teatro não impressiona por maior que seja sua recompensa!
Não se importe tanto assim, com sua imagem decadente enfim. Nada adianta depois se lamentar, por maior que seja sua recompensa. Volta, ou vai embora, meu amor...Sem ameaças ensaiadas na frente do espelho, o caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor. Dê uma chance pra vida te mostrar um jeito menos doloroso de se despedir, não seja assim tão duro, amor, com as palavras, lave bem as suas mãos antes de se decidir e tire essa lama das botas antes de me dar as costas.

Bertha S.


sexta-feira, 12 de março de 2010

Traição=Frustração

Como disse Fernanda Young, em alguma revista que não recordo e de um jeito que também não recordo com exatidão, "trair é frustração".
Trai é sinônimo de frustração, em outras palavras, é você assinar embaixo que tá tudo uma droga e que suas expectativas não estão sendo correspondidas, você pode até enganar-se achando que foi só um lance, coisa rápida, sem importância, sim.. aquele e muitos outros casinhos de fim de festa, são sem importância, mas na real são pequenos alertas, que com o tempo não poderão ser mais ignorados!
Então quem trai é um frustrado, trai porque perde, perde o controle ou a auto-estima... está perdendo está sempre perdendo. Ninguém deve se sentir ofendido por ser um "traidor" eu mesma já perdi as contas de quantas vezes trai algum namorado, é normal, é um fato, o que não podemos é deixar de perceber, é refletir sobre nossas inquietações, e dar um basta no motivo da frustração, porque é muito deliciosa a entrega de duas pessoas, e mais saudável, pois nos deixa em paz!

Bertha S.

Terça, parte de mim


Uma história de desejo que a muito não era tão "fullgás", contagem regressiva para um encontro, um dia, uma consumação... as horas parecem se arrastar!
Paixão tão pouca, amor... tão pouco admiração, uma vontade, uma lasciva e até obscena vontade!
-Que coisa louca e dominante isso.
-Que horas vamos nos beijar? a que horas vamos tirar nossas roupas? Preciso planejar, preciso!
Vamos mergulhar, nos atirar de cabeça, abandonar nossas asas e afundar nessa doidice libidinosa, nessa liberdade instantânea e nos entregar a todas as formas de prazer, pois para mim todas são válidas!
Eu quero experimentar e quero enjoar, a ponto de repugnar.

Poros, pele, pulso, barrigas e pernas, cabelos, afagos, beijos, línguas, de língua, saliva, mãos, dedos e pêlos, corte e tremores gelados no estômago, até dói, até mata!

Bertha S.

quarta-feira, 10 de março de 2010

No auge da minha juventude


Hoje eu tive a impressão de como tudo está passando muito depressa! Resolvi mergulhar na profunda reflexão sobre meus propósitos em vida, sobre minha vida, e cheguei a conclusão mais obvia e batida de todos os tempos... Que botando em comparação o mundo, a nossa vida é muito curta, e a nossa juventude?! É um feixe de luz nisso tudo, passa depressa demais.
Eu tenho um desfecho simples, só nos resta aproveitar tudo, não me permito sobreviver, ou empurrar as coisas com a barriga, pois eu estou no auge da minha juventude, da minha beleza, da minha liberdade, eu não tenho filhos, eu não tenho marido, eu não tenho dividas sérias, eu ainda trabalho por prazer e meu dinheiro eu gasto com meu prazer!
Eu não defendo a promiscuidade, eu defendo a troca de experiências, eu enxergo tudo como ganhos, e partilho do ponto de vista de que devemos manter as pessoas que nos acrescentam, que nos fazem bem, que devemos dispensar tudo que for arraigado de mais, como pensamentos, dogmas e verdades absolutas... Quero estar sempre livre pra mudar, até porque eu sou a pessoa mais indecisa do mundo e enxergo isso como qualidade, pois assim eu me reciclo, me renovo e questiono se realmente quero ou preciso muito de algo, de alguém!
O único clichê que eu não quero fuga: Viva a vida intensamente!

Bertha S.